O Centro de arqueoastronomia nasceu em 2004 para centralizar o conhecimento de arqueologia e astronomia dos estudos feitos pelo pescador, pesquisador e professor Adnir Antonio Ramos, divulgar patrimônio Arqueológico através do turismo consciente e ajudar na preservação do que restou de uma grande destruição feita por falta de consciência humana.
Sua curiosidade científica despertou em 26 de junho 1986 quando em uma saída para pescar no costão da Galheta se deparou com gravuras rupestres, cujo conhecimento a cerca de quem as gravou, quando e qual o seu significado nada se sabia. Naquele momento um sentimento invadiu sua mente de pescador, “vou voltar a estudar e vou interpretar essas gravuras rupestres, nem que eu tenha que estudar todos os livros do mundo”.
Depois desse dia tudo ficou diferente, com o resultado da pesca, financiou seu curso pré-vestibular, sua Faculdade de Biblioteconomia e Documentação e sua pós-graduação em Antropologia.
Nesse ínterim muitas descobertas foram sendo realizadas e uma delas foram os estudos dos alinhamentos arqueoastronômicos nunca antes observados nas redondezas dos sítios Arqueológicos.
Uma série de pedras sobrepostas a outras, que se sobressaíam nos cimos dos morros e nas encostas de nosso mar grosso, foram sendo processadas por sua mente de investigador e aos poucos uma série de alinhamentos astronômicos foram sendo revelados entre tais pedras.
A partir desse momento uma grande quantidade de documentos, estudos, descobertas e materiais foram sendo coletados pelo pescador pesquisador.
Para que todas essas informações não se perdessem no tempo e para que todas as pessoas tivessem acesso a elas, foi criado o Centro de Arqueoastronomia em parceria com o Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia – IMMA reuniram em sua sede uma coleção de painéis de arte Rupestre (frotagens), artefatos arqueológicos, painéis fotográficos e construíram uma trilha de acesso aos monumentos megalíticos do morro da Galheta com a finalidade de disseminar para os quatro cantos da terra, ou para onde houver alcance toda essa riqueza.
Mais de 90% de nossos sambaquis foram destruídos por mineradoras para extrair o cal das conchas ou para pavimentar estradas.
Nossas artes rupestres encontram-se abandonadas a sua própria sorte garantida apenas pela dificuldade de acesso.
Nossos monumentos megalíticos apesar dos quase trinta anos de estudo ainda não são reconhecidos como patrimônio cultural ancestral.
Nossas oficinas líticas servem de suporte para fogueiras nas praias o para construção de casa.
As escolas ensinam sobre o homem das cavernas da Europa e esquecem-se do homem do Sambaqui.
A comunidade local viaja para outros países a fim conhecer o que tem no seu próprio quintal.
Portanto, o Centro de Arqueoastronomia e o IMMA com apoio de nossos patrocinadores, estão implantando essa web site com a pretensão de reunir esses conhecimentos, através de fotos, vídeos, artigos e mapas para concretizar tais objetivos.
Ele será alimentado constantemente pelo próprio pesquisador Adnir Antonio Ramos e aos que acessarem ficarão surpreendidos com o resultado de seus estudos.